Naufrágio
viver
é velejar-se por dentro
barlavento
içar as velas, pôr-se ao centro
sotavento
marinheiro
que não sabe navegar
as águas que me formam
quando transbordo
me fazem afogar
nós
que trago comigo
tanto quero desatar
por que a floresta em que eu habito
insisto sempre em desmatar?